quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mico em um elegante restaurante

Risco de morte de azeitona


Giovana foi convidada
Para o aniversário da elegante chefe comemorar
Em um restaurante chique de arrasar
Eram poucos os convidados
Amigos e parentes mais chegados
A nata da civilidade e da educação
Em um ambiente pleno de sofisticação
O lugar ideal para eu frequentar
Quem sabe até para encontrar meu par
Alguém refinado e elegante
Tudo a ver com esse restaurante

Pratos e talheres a confundiam
Nada preocupante era só repetir o que faziam
Pessoas chiques circulavam e a música ambiente tocava
Enquanto o primeiro prato chegava
Devagar e com classe comia
No momento em que o pato deglutia
O caroço da azeitona engoliu
Caf! Caf! Caf! O engasgo a consumiu
A cadeira bruscamente jogou e o ar sumiu
Giovana se pôs a tossir nervosamente engasgada
Com aquela azeitona espanhola entalada
Os convidados não sabiam como agir

Alguém, pelo amor de Deus, pode intervir????
Batia na mesa, se chacoalhava e começou a grunhir
Até que a chefe levantou para acudir
Enlaçou Giovana e sua barriga várias vezes apertou
Até que o caroço na mesa pulou
E Giovana finalmente respirou
Verde, roxa, vermelha... o ar finalmente voltou
Para ela todos olhavam, espanto geral
Quem era essa mulher, afinal?
Constrangida ao extremo se desculpou
Quando percebeu que o restaurante parou
Para olhar a patética cena
Morta de vergonha se questionou
Será que todo esse chiquê vale a pena?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Reflexão sobre a morte de uma PESSOA

Hoje Morreu uma PESSOA
E por isso o mundo se tornou menor
Porque morreu uma PESSOA de verdade
Alguém que soube celebrar a vida e a simplicidade

Sabe, hoje morreu uma PESSOA
E por isso um pouco de você também morreu
Porque morreu um ser humano
Alguém que deixou seu peso marcado no chão da vida

Não você não está entendendo
Hoje morreu uma PESSOA
E, sabe, pode até não parecer
Mas não se encontram PESSOAS assim tão facilmente

O mundo ao contrário do que parece
Não é lugar de muita GENTE
Por isso hoje é um dia muito triste
Pois partiu alguém que se fez GENTE
E isso fez diferença em mim, em você e no Universo!

domingo, 7 de novembro de 2010

O que querem as mulheres?

Comentário da enquete sobre a principal opção feminina


Muitas pessoas questionam, julgam
Inquirem ou diretamente perguntam
O que querem as mulheres?
Imaginam ser de muita complexidade
Compreender o que desejamos de verdade

Talvez por pura falta de conhecimento ou sensibilidade
Mas por trás dessa mistura de força e fragilidade
Toda mulher quer mesmo é ser amada de verdade!

Trocamos beleza, sucesso e fortuna pela alegria
De desfrutar do amor único, recíproco e verdadeiro
Algo mais poderia compensar o desejo da mulher?
E ser bem-sucedida, por acaso também não inclui
Dormir e acordar ao lado do amor que ela quer?

Amar e ser amada enche da alegria mais singela e completa
A anima feminina, a alma de mulher menina
E não se trata de questão semântica
A natureza da mulher é romântica

Bom, verdade também é que muitas vezes damos voltas
E fazemos infindáveis rodeios para admitir
Que nos achamos incompletas até o amor surgir
E quando ele surge estamos dispostas a investir
Toda nossa dedicação eternidade afora
Para que ele perdure e jamais vá embora!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Faxina, paixão e confusão

Confusões da mocreia na arrumação do lar


Giovana acorda espirra, tosse
A bagunça na casa predomina
Há quantos dias não faz faxina?
Que desordem é essa na minha sala?
Eu ainda não desfiz essa mala?
E o cheirinho que  vem da cozinha?
É aquela abobrinha que separei
Deixei de molho e não cozinhei
Vou resolver tudo e vai ser agora
Não protelo mais nem por meia hora

Amarra um lenço na cabeça
E a mocreia entra em ação                        
Mergulha fundo na arrumação
Separa roupas sujas, livros cheios de poeira
Passa o pano, ajeita as compras da  feira
Tira o pó dos quartos.. zummmmmm
TV ligada, mp3 baixando...
Trimmm! Telefone tocando?


Alguém interessante bem pode ser
Giovana corre para atender
O pé no fio do aspirador fica preso
E ela cai de cara no azulejo
Fica toda doída estirada no chão
Não tem ninguém que lhe dê a mão
Nessas horas é que faz falta ter alguém
Mas pioraria se fosse um neném
Que dor de cabeça do além!

Arrastando-se pelo piso alcança o fone 
Do outro lado o rapaz diz seu nome
Giovana Grace, por favor
Pode falar ”amor”  ela pensa
Imagina ser o assessor de imprensa
Que na sexta pediu seu telefone
Mas que dor no rosto, vai despencar
O rapaz de pronto começa a falar

Era do telemarketing da companhia
Que todo final de semana insistia
Não gostaria de mudar de plano?
Era demais para um Ser humano
Com muita raiva ela, insana, repetiu
Vá procurar outro, onde já se viu?
Vá ligar pra qualquer pessoa no Brasil

Sem se intimidar o moço continuou
Era só para avisar que a senhora ganhou
De graça, adesão do plano da companhia
E que toda semana um funcionário ligaria
Para checar a satisfação que ela teria!