segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Giovana em Sorte ou Acaso

Será que existe essa coisa de sorte
Que atribuímos às situações?
Ou é o simples acaso que compõe as ocasiões?
E se o reverso acaba por acontecer
Há de ser Deus o responsável por esse querer?

Se quando ando na rua
Prendo o salto e caio
Optei por andar e tropecei?
Ou se andasse de carro como poderia
Mesmo assim eu me quebraria?

A opção foi errada
Ou entrou o fator sorte na parada?

Se quando chove arrebenta o guarda-chuva
E recebo a água de uma poça no rosto
Se a TV desliga, esqueço o celular e o micro quebra
Se a maquiagem ou cabelo ficou horrível
E a roupa mais linda rasgou naquela fenda incrível

Foi uma simples situação invertida
Ou mais um acaso desfavorável da vida?

Ingenuidade atribuir isso a Deus ou ao Universo?
Simplicidade admitir uma maré de azar ou revés?
Prepotência concluir que é fruto de culpa ou da indolência?
Não seria mais correto ter a ousadia de assumir
Que a vida é mais complexa do que ousamos admitir?

Giovana tem buscado esse assunto compreender
Porém não há uma resposta simples de encontrar
Talvez pela complexidade do tema a lidar
Há momentos na vida em que nada há para esperar
Nenhuma surpresa muito positiva a prever

Quando não enxergamos possibilidade de sucesso em uma situação
E resta o sentimento de decepção
Sem a previsão de nova chance na parada
Seria azar ou mais uma esperança frustrada?
E se nenhuma boa oportunidade aparece?
A quem ou o ao quê devemos esse fator creditar?
À  sorte, vida, destino, acaso...?
Ou à eterna imprevisibilidade da vida
Que das nossas muitas filosofias faz pouco caso?