O poder do traseiro

Como uma mulher pode ser reduzida 


É duro mas acontece! Virar uma bunda ninguém merece!

Que triste olhar para o lado e ver um marmanjão babando

A sensação é dúbia e ilude, mas não tem graça

Ser reduzida a uma bunda é uma desgraça

Que tragédia você se veste, se arruma, se produz

Aquele homem olha e não a vê, mas algo o seduz

Você gostaria que ele a quisesse por inteiro

Para juntos desenvolverem uma relação profunda

Que decepção ele só quer sua bunda!

Assim uma mulher pode ser reduzida

Pouco importa se relaxada ou produzida

Se é linda, comum ou feia

Inteligente, limitada ou simplesmente calada

Atenciosa, dinâmica, amorosa

Se  não tem uma bela bunda tá roubada

O que importa para ele é a parte traseira empinada

O resto chega a valer pouco ou não vale nada

Essa mulher sai em busca de felicidade

Deseja uma relação de qualidade

E sempre encontra um babaca a mais pela cidade

Onde estão os homens de visão e sensibilidade?

Quando ela começa a pensar que vai ser amada

Porque jogou aquele charme e deu certo

Que decepção sua bunda é que foi flagrada

O desejo e o prazer masculino pessoal

Fez da bunda a preferência nacional

A grande verdade por trás desse fetiche

Que transformou a bunda na número um

É que a partir desse ponto você pode ser desejada por qualquer um

E o  que fica com o número dois?

A felicidade que é adiada para depois

   Fica para quem, com olhar sincero,

Enxerga que o sonho de um amor terno

Quando persegue apenas uma bunda vai à zero

Para não dizerem que não pensei no outro lado

Pergunto a uma amiga se a bunda é assim tão sensacional

Por que aquela modelo tão magra é a tal?

Ao que de pronto ela me responde:

Tem homem que critica a magreza dela

E é fato que faz tempo que ninguém fica com ela

Chego à triste conclusão: 

Nem mesmo com toda a dinheirama

Sem a bunda tá na lama!